Unha da semana: Amarelindo como o verão com cerveja Irada
Que atire a primeira pedra quem não acha que Amarelindo! Compartilhar24TwittarPin
Segundo o Dicionário Online de Português, exclusivo é aquilo que exclui, que cabe por privilégio ou prerrogativa; privativo, restrito, distinto: direito exclusivo, uso exclusivo. Você pode adquirir algo único pagando um preço alto por aquilo que só você e/ou outras pouquíssimas pessoas terão. Mas pode também ter acesso ao exclusivismo por meio de algo que foi pensado e feito especialmente para você. Quer uma maneira melhor de se sentir único?
Em Criciúma (SC), o Recollection Lab trabalha a proposta de exclusividade de uma maneira bem original. Fundado em agosto de 2013 pela gaúcha Larissa Moraes, de 29 anos, o ateliê customiza roupas e objetos levados pelos clientes e garimpados pela própria Larissa em brechós. A ideia é tornar as peças singulares por meio da personalização (mesmo se forem itens de fast fashion, com várias unidades iguais!) e proporcionar ao seu dono o sentimento de privilégio por possuir algo que mais ninguém tem e que, na maioria das ocasiões, foi feito justamente para ele.
Com um glamoroso e brilhante “dream” em uma das paredes, o trabalho do Recollection nos lembra da possibilidade de reinventar memórias (significado de “recollection” em português) ao dar vida nova a roupas e objetos de acordo com a medida e características da imaginação de quem irá adquiri-los e estender o tempo de vida útil das peças, fazendo com que os donos se apaixonem pelo que já não tinha mais encanto. Está aí a materialização de uma fantasia exclusiva, feita na medida para poucos!
O Malte & Esmalte entrevistou a Larissa sobre o Recollection Lab (@recollectionlab) e as inspirações da empreendedora para criar coisas singulares, exclusivas:
Malte & Esmalte – Fale um pouco sobre o início do Recollection Lab.
Larissa Moraes: A ideia surgiu junto com meu pré-projeto de TCC. Sou formada em Artes Visuais e meu projeto de conclusão deveria contemplar uma “produção artística”, então pensei: tudo já está criado! Na minha cabeça eu deveria fazer algo original, mas isso era muito difícil uma vez que eu não possuo talentos de pintora ou escultora, porém, sabia costurar. Achei que roupas antigas que viraram novas trabalhariam memória (assunto muito presente na arte contemporânea) e reaproveitamento (assunto contemporâneo por si só). Ainda nessa época, entre meados de 2012 e início de 2013, andava rasgando as Levi´s 501 do meu pai para transformar em short pra mim e pras amigas. Esses shorts foram minhas primeiras customizações.
M&E – O que inspira você? Como busca inspiração para o seu trabalho e para a sua vida?
LM: Tudo ao meu redor me inspira. Minha família, adoro mexer nas coisas das avós, tias e da minha mãe, minhas amigas e clientes também, além das grandes marcas. Gosto de saber o que as pessoas reais estão usando, por isso estou sempre de olho nas ruas, em quem frequenta o ateliê e até mesmo nas pessoas que conheço pelas redes sociais. Outra big inspiração são as viagens que faço quando posso!
M&E – Quais são as vantagens de o negócio ser feito em uma cidade pequena? E quais são as desvantagens?
LM: Não saberia dizer a desvantagem pois nunca tive meu negócio em uma grande cidade. O bom daqui é que, por já ter amigos e conhecidos, o negócio começou lá em 2013 já com alguns clientes. Sinto que minha maior propaganda é o boca a boca das clientes que customizaram e gostaram. Isso facilita quando a cidade é menor, eu acredito.
M&E – Como é o processo de customização de uma peça?
LM: É único! Mesmo que tenhamos garimpado sete jaquetas iguais… Cada uma ganha uma ideia. Então é bem relativo mesmo. Brinco que cada caso é um caso.
M&E – Vejo pouquíssimas pessoas reformarem suas roupas, mudarem a cara delas ou resolvendo nelas algo que as desagrada para estender a vida útil da peça. Vejo muita reforma de móveis, mas não de roupas. Pelo menos aqui no Rio. Nesta época de recursos escassos e expansão de fast fashions (grandes quantidades de roupas iguais), fale um pouco da importância de recriar as roupas que já se tem, mudar para reutilizar, comprar menos e comprar de quem produz.
LM: Falta a conscientização que a indústria do vestuário é a segunda maior poluente em todo planeta. Se a gente pensar nisso na hora de puxar aquela blusinha (que tem vinte iguais logo ali do lado) da arara do fast fashion vai dar mais valor, cuidar dela melhor pra que dure mais e eventualmente arrumar/customizar antes de comprar outra. Além de ser uma atitude sustentável e econômica é muito divertido saber que só você no mundo tem aquela roupa, ela se torna especial! Aqui no Sul vejo cada vez mais gente buscando alternativas de consumo seja qual for a razão. Quem descobre brechós começa a achar as fast fashions meio chatinhas (sem falar caras!) e acaba entrando lá mais pra dar uma olhada nas tendências (e às vezes é sobre o que NÃO usar). Comprar artesanatos em viagens ou mesmo de artesões locais é muito bom também, temos trabalhos manuais incríveis por aqui que infelizmente são pouco valorizados.
M&E – O seu trabalho é incrível! E acredito que tudo o que a gente faz, não só o trabalho propriamente dito, reflete a maneira como levamos a vida, como encaramos os desafios e os obstáculos e como vivemos as alegrias. O seu trabalho transmite coisas boas. Conte um pouco do seu dia a dia, do seu lazer, o que faz para ter uma vida leve.
LM: anw muito obrigada! Quando a gente faz o que gosta nem parece estar trabalhando não é verdade? Mas meu dia é bastante cheio de roupas, clientes, lojas de aviamentos, compras e vendas online. Quero ver minha ideia crescer e isso tem exigido bastante de mim. Sorte que amo muito o que faço, pois passo a maior parte do tempo trabalhando mesmo. Se não de fato no ateliê, é conversando com as clientes ou produzindo fotos e conteúdos para as redes sociais, mas a criação nunca sai de mim haha! Amo fotografar, cozinhar e ver filmes e séries antigas no Netflix e quando a vida pesa, tomo um drink e saio pra dançar!
M&E – Como treina o olhar para estar sempre alerta para descobertas de coisas novas? O que faz para estar sempre acrescentando bom gosto em suas criações?
LM: Gosto da frase: você não esgota criatividade, quanto mais você usa, mais você tem. Acho que é isso, procuro sempre por atividades criativas como inventar um novo prato e estou sempre atenta aos detalhes das grandes marcas. Às vezes são simples e super possíveis de adaptar à nossa realidade, como quando a Prada lançou as alças customizadas. Achei o máximo e logo providenciei uma versão d.i.y pra mim!
M&E – Há planos para um e-commerce?
LM: SIM! aaaah se há! Acabo tendo cada vez mais clientes da região que vêm até o ateliê que já funciona como uma loja física, por isso a falta de tempo para organizar nossas peças disponíveis online. Por enquanto faço vendas pra outras cidades e até recebo peças de outros estados pra customizar também. Tudo via whatsapp, meu melhor amigo da modernidade hahahah! Por falar nisso, a quem interessar segue o número (48) 99617-9446. Mas já estou estudando para 2017 uma melhor maneira de vender online.
Wäls MadLab
Essa tendência de exclusividade e originalidade também está em alta no mercado cervejeiro. Já são vários os clubes de assinatura que levam todo mês novidades para os seus assinantes. O que mais se destaca, em nossa opinião, é o Wäls MadLab. Todo mês a equipe de mestres cervejeiros da mineira Wäls cria um rótulo inédito e exclusivo que só poderá ser degustado pelos sócios do clube. As cervejas não são vendidas no mercado. São duas garrafas por mês.
O MadLab é uma parceria entre a Wäls, o site Empório da Cerveja e o Science of Beer Institute. Além das duas garrafas, os sócios MadLab têm 10% de desconto em todas as compras no Empório da Cerveja e acesso a uma rede de benefícios exclusivos.
O rótulo exclusivo desse mês de dezembro é o Sauvin Blanc, uma Belgian Ale com 8,1% ABV. O nome se deve aos dois lúpulos utilizados: o Nelson Sauvin, australiano, e o Alertal Blanc, alemão, ambos inspirados em aromas de vinhos brancos. A cerveja tem um corpo macio, com notas frutadas que lembram uva verde e maracujá. Conta também com leveduras de champagne e saison.
Outras receitas criadas até agora para o MadLab são: Strawberry Sour (American Wheat Sour), Quadruppel Barrel Aged Bourbon (Dark Strong Ale), Passion Witte (Witbier), Fruit Vintage (Barrel Aged Tripel), Halloween (Pumpkin Ale) e Hop Rocket (Double IPA). Quem se associa ao clube tem a opção de comprar as criações anteriores.
Segundo Zé Carneiro, fundador e brewmaster da cervejaria Wäls, o objetivo do MadLab é colocar em desafio o paladar dos assinantes com cores, aromas e sabores exclusivos.
Mais do que obter algo exclusivo, legais são os conceitos que envolvem os casos acima: o “compre menos e compre melhor” e o “beba menos e beba melhor”, além de valorizar os pequenos produtores, comprando, sempre que possível, direto de quem faz.
Qual é a sua opinião sobre estes dois movimentos? Vamos conversar sobre? Deixe o seu comentário aqui no post 😉
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Nada mais cervejeiro do que ir pro bar e pedir logo uma régua! Compartilhar24TwittarPin
Look do último sábado, quando fiquei ocupadíssima bebendo bons vinhos! Que vida péssima! Hahaha 🍷😊 Como o meu signo é estilo e o meu ascendente é conforto, escolhi um vestido leve e estampado para curtir uma noite de verão da Cidade Maravilhosa. Esse vestido é aquele tipo de roupa que fica uma graça independente […]
Sou suspeita mas adorei o post! ????
Obrigada! Vida longa ao Recollection Lab!
Moda fashion e sustentável . Cerveja artesanal de boa qualidade. Dois temas que apaixonam. Muito bom.
Obrigada! Volte sempre!