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03/01/2017
Com quantos poás e pérolas se faz um clássico na moda e uma cerveja?
Poás e pérolas são os mais clássicos e chiques da moda. Eles são universais e atemporais e nunca deixam de ser assunto. São as melhores escolhas para qualquer mulher que queira ser elegante. Perfeitos, caem redondo nos closets!
As pérolas já dão o que falar há séculos, mas nunca deixaram de ser modernas. Há várias atualizações da joia. É possível usá-la nos cabelos, nas roupas, nos pescoços, mãos, pulsos, como cintos, nas orelhas (earcuffs são bem cool) e até com jeans! As mulheres mais poderosas as usavam e usam e têm histórias com elas.
No século 40 A.C., Cleópatra perdeu uma aposta para Marco Antônio e o castigo foi beber um brinco de pérolas dissolvido em vinagre! Já em 1665, o holandês Johannes Vermeer pintou Moça com o Brinco de Pérola, sua obra-prima (que foi vivida por Scarlett Johansson no cinema). Em 1793, antes ser presa, Maria Antonieta deixou uma bolsa com suas pérolas em posse de uma amiga, na esperança de resgatá-las quando fosse libertada (só que sabemos que não deu. rs).
Mas a pérola também teve momentos um pouco menos puritanos, digamos assim. Entre 1879 e 1880, rodou uma das primeiras revistas eróticas de todos os tempos, chamada The Pearl, A Magazine of Facetiae and Voluptuous Reading.
Em 1910, ao abrir sua primeira boutique, Coco Chanel lacrou com uma de suas frases imortais: “Uma mulher precisa de voltas e voltas de pérolas”.
A cena inicial de Bonequinha de Luxo, filme de 1961, fez mulheres do mundo todo suspirarem e desejarem o chique proveniente de voltas e voltas da joia.
Na mesma década, Diana Vreeland, que comandava a Vogue América, cobrou de sua equipe o uso mais frequente de pérolas nas edições. Ela alertou que “Estou extremamente desapontada de ver que quase não usamos pérolas nas últimas edições (…). Nada comunica luxo como as pérolas. Por favor, mantenham isso em mente”.
Os poás, também chamados de polka dots, dão as caras nas passarelas em quase todas as temporadas, mas não da forma como nossas mães e avós as conhecem. A tendência, por mais retrô que seja, consegue ser repaginada e promete não deixar a produção com cara infantil. Além de atual, a bola hit da vez não é padronizada, podendo variar o formato e também o tamanho.
Na verdade, o melhor truque de styling para a print fashion é misturar os poás grandes e pequenos. Você deve escolher uma mesma cor de base e variar nas texturas e nos tamanhos dos poás.
Imagem do Pinterest
Imagem do Pinterest
Use também nos acessórios e crie uma esperta ilusão de ótica nos looks.
Brinco da Amaro
No cinema, o print marcou o figurino de Diane Keaton em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977). Ralph Lauren, o figurinista escalado por Woody Allen para o filme (ele também trabalhou no figurino de Manhattan, do mesmo cineasta), fez com que todas as mulheres da época desejassem se vestir com o look à la anos 1970 da protagonista. A estampa carimbou gravatas e blusas de Annie Hall.
No Met Gala 2016, Selena Gomez ousou com um vestido de poá com coturno e sutiã de couro. O conjunto Louis Vuitton, inspirado no tema da exposição “Manus x Machina: Moda na Era da Tecnologia”, que explora a interseção do feito à mão (ou seja, manualmente) com roupa feita por máquina, foi bola dentro para atrair todos os olhares do mundo.
Foto: Dimitrios Kambouris / Getty Images
Pérolas da história cervejeira
Esse post sobre pérolas me fez lembrar de uma matéria que li uma vez na Revista da Cerveja sobre a trajetória da Cervejaria Leonardelli, de Caxias do Sul (RS). O início da Cervejaria Leonardelli coincide com os primeiros anos da chegada dos imigrantes italianos à região por volta de 1875.
Entre os primeiros imigrantes que chegaram a Caxias do Sul, estava o pioneiro Ambrogio Leonardelli (Ambrozio). Em 1878, Ambrozio trabalhava como cervejeiro em uma fábrica caseira nas imediações da Rua Tronca, antigo bairro lusitano.
Tempos depois, Ambrozio casou com dona Maria Lanner, pertencente a uma das famílias que haviam emigrado para o Brasil. Desta união nasceram cinco filhos e dentre estes João Leonardelli, nascido em 1880, que viria a ser um grande cervejeiro.
Em 1882, Ambrozio lançou as bases de uma indústria que Caxias do Sul desconhecia. Começou a fabricar cerveja e inaugurou a própria fábrica em um terreno na Rua Ernesto Alves, próximo à atual rodoviária. Imitando a iniciativa de Ambrozio, outros imigrantes tentaram fabricar o mesmo produto. Alguns logo desistiram, quando foi criado o imposto de vinte réis por garrafa. Alegavam que ninguém faria mais uso de cerveja, pois a garrafa desse liquido passaria de cento e sessenta réis para cento e oitenta réis. Ambrozio Leonardelli, homem tenaz e cheio de boa vontade, não esmoreceu e continuou com a fabricação do produto.
A Leonardelli produzia as cervejas da marca Pérola (nas versões Chopp, Preta, Malzbier, Malta e Extra) e Nanica (cerveja preta). A Pérola fez muito sucesso, chegando a ser considerada uma das melhores cervejas do Brasil entre os anos 1950 e 1970, e distribuída em vários estados, até a cervejaria ser adquirida pela Indústria de Bebidas Antarctica-Polar S.A. que, alguns anos após essa aquisição, e numa ótica de redução de custos, resolveu fechar as portas da sua fábrica em Caxias do Sul.
Acervo preservado
Demolida no início dos anos 1990, a estrutura da Cervejaria Leonardelli é lembrada hoje apenas pela antiga chaminé, único símbolo que restou em pé – agora junto a um posto de combustíveis. Não muito longe dali, porém, rótulos, souvenires, fotos e peças de maquinário originais compõem um museu particular mantido pelo bisneto do fundador, o aposentado João Carlos Leonardelli.
Confira algumas imagens dessa trajetória:
João Carlos Leonardelli e o vasto acervo da antiga cervejaria – Foto: Roni Rigon
Peças como tampinhas de garrafas, flâmulas e guardanapos personalizados compõem o acervo de colecionadores – Foto: Roni Rigon
Algumas garrafas foram mantidas intactas pelo herdeiro – Foto: Roni Rigon
O prédio da cervejaria veio abaixo, mas a chaminé permanece, na esquina da Vinte de Setembro com a Vereador Mário Pezzi – Foto: Studio Geremia, acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação
Presidente Jânio Quadros brindou e provou um caneco do chope Pérola na Festa da Uva de 1961 – Foto: Óptica Caxiense, acervo pessoal de João Carlos Leonardelli, divulgação
Fontes: Modices, Vogue Brasil, Revista Glamour, 101 filmes para quem ama moda e Revista da Cerveja
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