24/04/2018

Fashion Revolution: movimento por uma moda mais ética e consciente

Há cinco anos, o dia 24 de abril é o Fashion Revolution Day! Não conhece a data e nem sabe o que significa? Ela surgiu como uma resposta à catástrofe que foi o desabamento do Edifício Rana Plaza, de confecção de roupas, em Bangladesh. No imóvel, mais de mil mulheres trabalhavam como tecelãs e costureiras de roupas. O colapso do prédio é considerado um dos piores acidentes causados por falhas estruturais na história da engenharia moderna, deixando 1.134 vítimas (a maioria mulheres) e cerca de 2.500 feridos. No dia 12 de maio de 2013, os proprietários da edificação foram avisados que a estrutura apresentava rachaduras e não deveria seguir sendo utilizada para atividade fabril, mas mesmo assim eles coagiram as funcionárias a comparecerem ao trabalho no dia seguinte.

 

Por volta das 9h do dia 13 de maio de 2013, o prédio caiu sobre as cerca de 5 mil trabalhadoras que estavam no complexo onde eram produzidas peças de roupas para lojas como Benetton, Bonmarché, The Children’s Place, El Corte Inglés, Joe Fresh, Monsoon Accessorize, Mango, Matalan, Primark e Walmart.

 

Da dor do acontecimento, surgiu um movimento criado por um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável. A campanha nasceu com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto em todas as fases do processo de produção e consumo, mostrando ao mundo que a mudança é possível através da celebração dos envolvidos na criação de um futuro mais sustentável, e criar conexões exigindo transparência.

 

A co-fundadora do Fashion Revolution, Orsola de Castro, afirmou: “Nós queremos que você pergunte: ‘Quem Fez Minhas Roupas?’. Essa ação irá incentivar as pessoas a imaginarem o “fio condutor” do vestuário, passando pelo costureiro até chegar ao agricultor que cultivou o algodão que dá origem aos tecidos. Esperamos que o Fashion Revolution Day inicie um processo de descoberta, aumentando a conscientização sobre o fato de que a compra é apenas o último passo de uma longa jornada que envolve centenas de pessoas, realçando a força de trabalho invisível por trás das roupas que vestimos”.

 

O Fashion Revolution Week já está em mais de 90 países levantando o questionamento de #quemfezminhasroupas e lutando por uma moda mais ética. É bom sempre lembrar a moda como uma força a ser considerada (ela inspira, provoca, conduz e cativa) e que pode e deve ser uma potência para o bem. Falar sobre moda, sustentabilidade, produção e consumo também é atentar para desigualdades e injustiças sociais. Ninguém deveria precisar sofrer para produzir uma peça de roupa.

 

Foto: Divulgação

Com o tema “5 anos após Rana Plaza“, a semana levanta a reflexão sobre o quanto a indústria e a sociedade caminharam e o quanto ainda há a percorrer para que a moda se torne uma força para o bem, valorizando e respeitando todos os envolvidos e o planeta em medidas iguais.

Aqui no Rio de Janeiro, o movimento tem uma programação especial que vai de Consultoria de Estilo da Casa Sebastiana a palestras como “A Moda em transformação: novos paradigmas” no Instituto Europeo di Design (IED), na Urca.

Veja no evento do Facebook

 


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