07/03/2017

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, nada de rosa ou azul, apenas igualdade

Quando nos tocamos que o Dia Internacional da Mulher estava próximo, já decidimos fazer um post a respeito, mas sem saber ainda qual seria a pegada, embora soubéssemos muito bem qual NÃO seria: nada de clichês do tipo “dia do ‘não tenho roupa’” ou “dia do ‘não se mete que estou de TPM’”. Temos coisas muito melhores para dizer.

O que me enche de orgulho é que as maiores publicações de revistas femininas exaltam a independência da mulher, o seu poder enquanto ser humano (nada de “sexo frágil”), a empatia e a queda do machismo em paralelo à divulgação dos looks definitivos da temporada e das novidades de maquiagem.

Talvez por serem chefiadas por mulheres que conquistaram espaço no mundo corporativo, que viajam muito a trabalho e deixam os filhos e a casa aos cuidados dos maridos, ou que talvez até optaram por não ter maridos e filhos, pois são esclarecidas o suficiente para saberem que o valor de uma mulher não é baseado em seu estado civil ou número de crias.  Como dizemos por aí, isto é tããão “last season”.

Mas a luta contra o machismo na sociedade é ampla e diária. Ainda é muito comum ouvirmos absurdos como “isto é coisa de menininha” quando algum homem chora ou “tá parecendo um moleque” quando uma mulher se veste com roupas largas. A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, porta-voz pop do feminismo, conta que na infância diziam para ela “varrer direito, como uma menina”, ou seja, na cabeça da família dela a qualidade de varrer direito era restrita ao sexo feminino, como se isto tivesse a ver com ser mulher. Ela lembra também que uma vez a acusaram de ser “raivosa”, como se ela tivesse de se envergonhar por sentir raiva e não ser doce e delicada como se cobram das mulheres.

Estes papéis de gênero inventados pelo mundo são, no mínimo, curiosos. E devemos achar apenas isso, não devemos nunca achar normal, pois não são. Levando para o lado cervejeiro, é comum ouvirmos sobre uma mulher resistente à bebida alcoólica que ela bebe “que nem homem” ou “não se dá ao respeito” quando perde a sobriedade. O que eu queria mesmo era saber o que o respeito tem a ver com o que bebemos ou deixamos de beber…

 

Mais uma do ELA

Não dá para celebrar esse dia tão importante sem uma cervejinha, né? E nada melhor do que comemorar com uma cerveja feita por elas, para elas e para todos nós!  Na última segunda-feira (06), a Cerveja Paulistânia, em parceria com o Coletivo ELA (Empoderar, Libertar, Agir), lançou um rótulo especialmente para o Dia  Internacional da Mulher. O estilo escolhido foi o American Wheat, uma Ale americana que leva trigo na receita. A brassagem foi realizada no fim de fevereiro e as mulheres foram determinantes na definição de cada detalhe da receita. Elas fizeram questão de adicionar doses generosas dos lúpulos cítricos Citra e Amarillo, buscando uma explosão de seus aromas.

 

DiadaMulher

 

O mês da mulher será marcado por essa receita exclusiva nas torneiras dos restaurantes do Eataly. Além disso, a Paulistânia irá reverter uma parte do valor das vendas para uma ONG escolhida por elas, assim como foi feito com a ELA Barleywine, primeiro rótulo do coletivo.

O valor arrecadado com a primeira cerveja foi entregue oficialmente à ONG Artemis durante o evento, realizado na Cervejaria Paulistânia, no 2º andar do Eataly Brasil, em São Paulo.

 

Sobre o ELA

O ELA é um grupo formado por mulheres atuantes no mercado das cervejas artesanais que, cansadas do machismo no setor, criaram o coletivo com o intuito de valorizar o trabalho feminino nesse meio e denunciar ações machistas dentro da indústria cervejeira e da sociedade em geral. São mestres-cervejeiras, beer sommeliers, professoras, juízas de concursos, apreciadoras, empresárias e especialistas do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

 


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