O último final de semana foi movimentado para o Malte & Esmalte em termos cervejeiros. Aproveitamos a tarde chuvosa de sábado (12) para conhecer a Salutem Cervejas. É um misto de loja especializada em cervejas artesanais e bar que fica na Rua Roberto Dias Lopes, 51B, no Leme.
O clima é bem aconchegante. Tem um mesão compartilhado, com bancos confortáveis, e uma longa parede com freezers e prateleiras expondo uma ótima variedade de cervejas nacionais e importadas.
Nesse dia tava rolando uma invasão na Salutem com destaque para a Bastard Weizen, uma colaborativa entre O MOTIM Brew e a Gaspar Family Brew. Já tínhamos provado a Bastard no Lagoon Beer Fest, mas essa é uma daquelas cervejas que sempre vale um replay. É uma Hoppy Weiss, com 6,4% ABV e 19 IBU, rica em aromas de frutas cítricas e tropicais, utilizando apenas lúpulos alemães, como Mandarina Bavaria, TNT, Yellow Sub e Hallertau Blanc.
Iniciamos as degustações com a CaturrIPA, uma American IPA com corpo médio da Microcervejaria Irmãos Ferraro, de Porto Alegre. Com 6,7% ABV, tem aromas de frutas amarelas e um amargor equilibrado. É uma cerveja refrescante produzida com um blend de 5 lúpulos nobres americanos.
Depois partimos para a Belgian Blond Ale da Cervejaria Cathedral, de Maringá (PR). Com 7,0% ABV e 20 IBU, essa cerveja deixa uma sensação de aquecimento na garganta e um final de boca bem presente. É feita com 5 tipos de malte e duas variedades de lúpulos (Magnum e Saaz).
Aí bateu aquela fome e resolvemos pedir as Chicken Wings do cardápio. Mas com tantas opções, com qual cerveja iríamos harmonizar esse petisco? Estávamos de olho numa chamada Marco Zero, uma Hoppy Lager da Camará Cervejas, com 4,8% ABV e 28 IBU. Resolvemos perguntar ao atendente, muito gentil e conhecedor de cerveja. Eis que ele virá pro balcão e diz: “Pergunta pra ele, foi ele quem fez a cerveja”. Isso mesmo, o cervejeiro da Camará também estava na Salutem. Ele foi bem atencioso, falou sobre a cerveja e recomendou a harmonização. Ficou ótimo! As Chicken Wings ainda vinham acompanhadas com molhinhos de curry, pimenta e gorgonzola. Todos muito bons.
Não poderíamos sair da loja sem uma sobremesa, né? Então pedimos a ZalaZ Double Zuzi. Trata-se de uma Porter elaborada com elevada dose de café orgânico, proveniente da Fazenda Santa Terezinha, em Paraisópolis (MG), onde é produzido um dos melhores cafés do Brasil. O café espresso é balanceado com maltes especiais e rapadura, o que lhe confere um sabor marcante. Possui corpo médio e teor alcoólico de 7,0%. Praticamente um cappuccino gelado!
Segunda Sem Lei
Já na segunda-feira, também chuvosa, aproveitamos a véspera de feriado para voltarmos ao Botto Bar, eleito o melhor chopp do Rio pelo quarto ano consecutivo e aonde não íamos há um bom tempo.
Lá tava rolando uma invasão do Seu Vidal, com a sua KristallWeiss em chopp. Confesso que não nos agradou muito. Ainda mais para quem tinha bebido uma Bastard Weizen dois dias antes.
Ainda do lado de fora aguardando uma mesa…
Partimos então para as experimentações. Pedimos uma Experta Pilsen. Outro tiro n’água. Junto a ela, degustamos a Cerol Fininho, da Cervejaria Suburbana. Trata-se de uma Session IPA bem suave e refrescante, com 4,1% de teor alcoólico e 31 IBU. O dry hopping com lúpulos americanos utilizados confere aromas cítricos intensos e frutados. Pouco corpo, mas muito sabor.
As duas próximas pedidas foram a Farra All in IPA e a Barco Sexy. A primeira é uma American IPA com 7,0% ABV e 70 IBU, sabor equilibrado, aroma cítrico característico do estilo e amargor na medida certa. Já a segunda é uma Session IPA, com 4,3% ABV, produzida com 6 tipos de malte e os lúpulos Columbus, Cascade, Centennial e Aurora. O dry hopping fica por conta dos lúpulos Simcoe, Centenial e Citra. Traz todas as características de aroma e sabor de uma IPA, mas evidenciando a leveza e a refrescância. Excelente drinkability!
Aí veio a hora da fome e com ela a reabilitação do Seu Vidal. Pedimos o sanduíche de parma, brie e maionese de brasa no pão australiano. É de comer rezando! Para harmonizar, pedimos uma Groove Red Ale e uma Coruja Extra Viva. A primeira é uma fruit beer da Green Lab maturada durante um mês com frutas vermelhas. O resultado é uma cerveja bem equilibrada, de leve sabor frutado e uma bela cor. Morango e framboesa em perfeita sintonia. Já a Coruja Extra Viva é um clássico. Uma de nossas favoritas. Lançada em 2007, ela é uma lager não-pasteurizada, com maltes Pilsen e Vienna, 6,5% ABV e bem aromática, graças aos lúpulos Galena e Perle. O sabor é ótimo, mas como degustamos em chopp, sentimos falta de sua garrafa, uma atração à parte: um frasco antigo com o rótulo serigrafado diretamente no vidro.
(sorry, comemos e bebemos e esquecemos da foto… )
Aí foi só chamar o Uber e voltar feliz pra casa.
Esperamos que tenham gostado das dicas. Recomendamos fortemente as duas casas cervejeiras. Saúde!
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Eu e o Santo Rio, novo bar de drinks de Botafogo, percorremos um longo caminho de flerte online [com direito a muita curtida em foto antiga e interações por DM – entendedores entenderão] até chegarmos nessa oficialização da relação perante os olhos da internet, tendo tudo se intensificado na minha primeira ida no sábado, com […]
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